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... 1% a 5% da população mundial sofre de um distúrbio de paladar. Para este é necessário encontrar a sua causa e seguidamente o seu tratamento, recorrendo sempre a um especialista. [11]

 

Além de se realizar um exame especifico ao paladar, deve-se realizar também um exame neurológico, um otorrinolaringológico, um odontológico e um de higiene oral para tentar identificar as causas.

 

Há 3 tipos de exame ao paladar, mas todos eles tem falhas, sobretudo por ser o paciente que define o que sente.[9,45]

DIAGNÓSTICO

Teste das três gotas
Eletrogustometria

Usadas 4 soluções, 1 para cada sabor a testar (solução de cloreto de sodio para o salgado, de sacarose para o doce, de quinino para o amargo e de ácido cítrico para o azedo). É aplicada um gota com a solução do sabor, e 2 gotas de água (três gotas no total).

Faz-se uma estimulação elétrica das papilas gustativas que provocará um sabor azedo/metálico.

As desvantagens deste teste são que, além de só dar para avaliar um tipo de sabor, não se sabe o limite entre o estimúlo elétrico e o químico (um estímulo demasiado reduzido pode levar a uma conclusão errada).

Teste das tiras gustativas
Se o paciente não detetar sabores, diagnostica-se ageusia.

Tal como no teste das três gotas, são usadas 4 soluções, 1 para cada sabor. Para cada sabor testado, são usadas 4 tiras , com diferentes concentrações, e ainda mais 2 tiras de água, que servem de controlo.

TRATAMENTO

Não há nenhum tratamento especifico para esta patologia, pois depende de vários fatores. Pode-se motorizar, reduzir ou suspender o agente suspeito da causa. O mais utilizado é a suspensão, tendo uma recuperação em média no espaço de 2 semanas. O mascar (aumento da saliva), o mastigar bem, variar os alimentos para obter temperaturas e texturas diferentes e apreciar o cheiro dos alimentos são pequenos passos que ajudam a recuperação mais rápida do paladar.

Para complementar, alguns médicos usam um tratamento com base em zinco, aconselhando os pacientes a terem uma dieta rica em zinco e administrando medicamentos que contêm zinco sem que haja efeitos secundários.[15]

 
 
 
Porquê o zinco?

O zinco é um elemento essencial com várias funções, desde catalítica e estrutural a regulatória, 

envolvido em diversas vias metabólicas, uma vez que é requerido para a atividade de mais de 200

enzimas (neste caso, metaloenzimas) do corpo humano. Está presente em alimentos como a carne,

o peixe, os legumes e os lacticínios.

 

Uma das enzimas cujo cofator é o zinco é a carboanidrase VI, que catalisa reações importantes tanto para a perceção do paladar como para a secreção de saliva, entre muitas outras.

Em primeiro lugar, esta enzima promove a proliferação e regeneração das células dos corpúsculos gustativos, o que é deveras importante devido ao curto tempo de vida destas células.

Além disso, existe em grandes quantidades na glândula parótida, uma das principais secretoras de saliva, onde atua como molécula de sinalização na produção, secreção e controlo de pH e tamponamento da saliva. De destacar que a saliva é fundamental para o paladar, não só pois transporta as substâncias a saborear, como protege os corpúsculos gustativos.

Por fim, foram também encontradas evidências de que o zinco e esta enzima têm um papel na atividade gustativa a nível neuronal, pelo que uma deficiência deste ião pode diminuir a capacidade de o sistema nervoso percecionar sensações gustativas.

 

Assim, a administração de zinco contribui para aumento da secreção de saliva e uma melhoria nos distúrbios do paladar.[46-49]

Tem ageusia? Partilhe a sua experiência. 
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